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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


                                          Τῆς Γύνῆ
                        ( Da Mulher)

         Historicamente a mulher sempre foi tida como pertencente a uma classe inferior. Nas páginas do Antigo Testamento poucas foram às mulheres que tiveram algum tipo de relevância no processo da história da Salvação. A verdade é que a mulher sempre foi taxada de impura, por ser mulher, por ser mãe e por ser filha e, se está fosse estéril ai sim a coisa seria ainda pior. Mas o fato é que, se por uma mulher o pecado entrou no mundo, é também pela mulher entra a salvação. É a partir deste ponto que se inicia o processo de resgate da dignidade da mulher. Jesus faz das mulheres suas discípulas, suas amigas. A cultura hodierna ainda reluta em conferir a mulher sua dignidade, de modo que isso acentua uma profunda contradição, ou seja, mesmo aqueles que insistem em manter uma atitude machista só o fazem em virtude das mulheres.
        Outro exemplo disto é visto na tradição judaica, que é uma sociedade altamente patriarcal. Contudo, para que um jovem seja reconhecido com um judeu, isso implica que este tenha a descendência direta de sua mãe e não do pai. No triste cenário da cruz, lá estão às mulheres e, uma de forma especial a quem Jesus se dirigiu. Para muitos neste acontecimento  Jesus teve uma atitude de desprezo para com sua mãe, mas é preciso ir mais além das palavras, pois aqui a palavra mulher é mais expressiva que mãe, porque mulher atingi um sentido universal, enquanto que o termo mãe é particular, ou seja, é justamente aqui numa situação limítrofe que se confere a mulher o mais alto grau de sua dignidade.

Um comentário:

  1. Como mulher não é dificil falar das injustiças que sofremos ao longo da historia e etc...o dificil é aceitar que em pleno século XXI ainda haja tanto machismo e muitas vezes reforçado pela propria mulher. Sim, engana-se quem pensa que o machismo foi erradicado, que lutar contra o mesmo na sociedade atual seja algo anacronico e sem sentido. É obvio que a mulher de hoje desfruta de maior autonima e direitos que a mulher de outrora não gozava, porém não dar para negar: "ainda tentam nos diminuir, nos relegar... Um pouco de sensibilidade nos faz perceber uma triste realidade: O machismo ganhou novas formas, nova roupagem, e é uma pena que tantas e tantas mulheres não tenham percebido isso, e se prestem a reforçar a ideia erronea do sexo fragil, da falta de dignidade... Toda vez que uma mulher esquece seus sonhos, abandona seu verdadeiro eu e etc. para sastifazer os caprichos de outrem, não estar nada mais nada menos que reforçando a velha ideia do sexo fragil, toda vez que se permite trasformar em mulher fruta (melão, melancia...)não faz outra coisa senão reforçar a velha e falsa ideia da falta de diginidade, do obejto sexual...
    Parabéns pelo artigo professor, fico na torcida de que todos (a) quanto venham lê-lo abram os olhos para essa realidade tão linda, tão expressiva e rica que é ser MULHER.

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