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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

REFLEXÃO

          Esta palavra de poucas letras é carregada de um significado muito profundo, pois trata-se no conceito filosófico de pensar o pensamento. pois bem, quantas vezes pensamos sobre isso? A verdade é que nem sempre pensamos direito quanto mais pensar o pensamento. Este é o resultado da vida técnica e pragmática que levamos no dia-a-dia. E as consequências do que ora afirmamos, é expresso em atitudes irresponsáveis, descabíveis e prejudiciais primeiro a nós mesmo e depois aos outros. Basta olharmos para os crimes causados pelos motoristas que trafegam nas vias públicas com seus carros velozes em velocidades acima do permitido e ainda por cima embriagados, sem ao menos pensar nas consequências que acompanham estas atitudes. Por isso amigos, pensemos e repensemos sempre....

domingo, 1 de maio de 2011


O chão da minha existência
Definir o chão da minha existência, não parece ser uma das coisas mais fáceis de fazer, mas como mim propus a isto, levarei a termo esta reflexão. Primeiro, gostaria de dizer que é no chão da minha existência, que aprendi a ser o que sou, a ser humilde, afável com as pessoas, solidário com os fracos, paciente com os desesperados, honesto com os simples, feliz com os tristes. O chão da minha existência é árido, cheio de limitações, mas também fértil de sonhos e desejoso de romper fronteiras. Somente aqueles que possuem idéias que não sejam tímidas podem querer mudar alguma coisa neste mundo. No chão da minha existência, aprendi o que é família, amigos, inimigos, medo, fracasso, mas, sobretudo, o que é esperança, coragem, firmeza de propósitos. No chão da minha existência não basta dizer ao outro que: Jesus te ama, quando ele simplesmente responderá: se ele mim ama, como você está de barriga cheia e a minha está vazia? No chão da minha existência já experimentei o riso, e o choro, a luz e as trevas, a razão e a loucura. Mas sem este chão quem seria eu? Onde eu estaria hoje e o que seria minha vida? Perguntas que não se pode responder se não tivermos a mínima consciência de onde viemos, onde estamos e onde desejamos chegar.

Imolação singela
É comum vermos o quanto as pessoas se deslumbram ao olhar um belo colar de parolas nas vitrines das lojas, bem como estampados nos pescoços de belas mulheres. O que poucos vêem é que por traz daquele belíssimo colar, um fio discreto e transparente se imola silencioso para unir todas as perolas. Não é difícil encontramos em nossas vidas pessoas que assim como aquele fio, se imolam pelo nosso bem estar. Mim permita caro leitor a fazer-lhe uma pergunta: o que nos falta nestes dias, pessoas que se imola pelo bem comum, ou sensibilidade para identificá-las e reconhecer sua grandeza? A cada um cabe a meditação da pergunta. Oxalá possamos desenvolver em nós a capacidade de ver o invisível de ouvir o inaudível e assim construirmos um lugar bem mais belo para vivermos.

terça-feira, 15 de março de 2011


A essência de Mãe


Bons poetas escreveram doces canções maternais.
Veja a fonte do assunto já esgotada demais.
Contudo, eu ainda vou falar sobre Mãe querida.
Por ser ELA a origem dos dias de minha vida.

Nove meses em gestação a Mãe passa padecendo.
Tendo filho pra criar, Ela acaba sofrendo.
Pensando Ela no filho, tirá-la da aflição.
Tem filhos que ainda pagam amor com ingratidão.

Tem pobre Mãe sertaneja, faminta triste a sofrer.
Que fica sem a comida para o filho abastecer.
À noite sem cobertura, quando o filho vai dormir.
Tira sua própria veste e dá pra o filho se cobrir.

Tem filhos que deixam à Mãe, por amor de uma mulher.
Dá mulher ele precisa e as vezes ela nem lhe quer.
Por qualquer coisa lhe deixa, destrói o seu próprio lar.
Que a mulher não perdoa e Mãe sabe perdoar.

Se o filho é convocado para defender sua terra.
A Mãe com trajes de homem entra com o filho na guerra.
Pra ele fugir da luta, não existe empecilho.
Filho morre pela pátria e a Mãe morre pelo filho.

Vai esta mensagem feita, para as Mães que entenderam.
Parabéns as que estão vivas, prece as que já morreram.
A minha também é morta está rogando a Deus por mim.
E por ruim que o filho seja, amor de Mãe não tem fim!

Homenagem de minha Mãe a todas as Mães!




Gratidão
        
A meu ver este é sem dúvidas um dos mais belos sentimentos, mas é também o mais desprezado. Isso se dá, sobretudo pelo fato de estarmos inseridos numa cultura do lucro, da indiferença. Perdemos a sensibilidade para com o outro, de modo que já não sabemos agradecer. Chocou-me muito a atitude de um jovem que fora socorrido por um motorista de ambulância, que após realizar tal feito acabou sendo morto por aquele a quem desejava salvar. Mas este é um caso extremo, pois diariamente, nos deparamos com atitudes mais simples e não menos importantes. Basta olharmos para a maneira como os residentes de alguns condomínios de luxo que nem se dão ao trabalho de desejar um bom dia ao porteiro, crente de que este não faz mais do que sua obrigação, quando abre o portão, carrega uma sacola, etc. a insensibilidade é tamanha que nem um cumprimento é dado àqueles que nos servem diariamente. Deste modo cresce outro sentimento que nasce daquele supracitado, ou seja, (IN) gratidão. Mas o que fazer para resgatar a beleza e dinâmica deste sentimento? Talvez a primeira atitude seja olharmos as pessoas como dignas de estima, começando por aquelas que estão no nosso cotidiano e, depois estendendo-se aos que encontramos pelo caminho.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011



Lágrimas

As lágrimas que jorram de nossos olhos são reflexos do que sente nosso coração. Não poucas são as vezes que nos vemos banhados em lágrimas e, na maioria das vezes nem sabemos o porquê delas. Mas nesta reflexão vamos tentar entender a origem deste processo natural. Choramos de alegria, de emoção, de saudades, de tristeza e de angústia. Nem sempre aceitamos a ajuda daqueles que se prontificam em nos ajudar. Isso se explica pelo fato de se tratar dos nossos sentimentos mais profundos. Quando sentimos uma dor muito aguda, sentimos a necessidade de gritar, gesticular; é assim que se explicam nossos lagrimas, ou seja, quando nosso coração se alegra ou se aperta, resta apenas o alivio das lagrimas. Na minha infância, ouvia dizer que o liquido que saia das arvores eram suas lagrimas, que brotam de seu tronco quando ferida pelo homem. Contudo, essa capacidade de chorar é mais visível no homem, visto que este é o único capaz de medir seus sentimentos. Assim como as águas das chuvas servem para purificar e fertilizar o solo, assim também nossas lágrimas servem para purificar nosso coração e revigorá-lo para o dia-a-dia.

domingo, 20 de fevereiro de 2011



Um olhar sobre a Cidade.


Homem do campo que sou nunca estive habituado aos ares da cidade grande, pois tudo por lá é diferente. A começar pela agitada movimentação dos indivíduos, o barulho dos carros, o calor, e o pior é perceber no olhar das pessoas, um semblante de desconfiança, de indiferença para com os que precisam de uma simples orientação. As poucas árvores que restaram na cidade grande se vêem ofuscadas pela selva de pedra, cada dia mais imponente e colorida. Contudo, em uma das muitas visitas que fiz a cidade grande, não pude deixar de perceber que ali bem no alto da torre da velha Igreja, havia uma linda ave, de plumas albas; olhar firme e obstinada a fazer seu percurso de sempre, a saber, todas as noites, não tendo mais o abrigo das árvores que um dia ali existiram, precipita-se de uma torre à outra da cidade, como que contemplando  os telhados das muitas casas, o caminhar das pessoas, em suma tudo que seus olhos podem enxergar. É voando mais alto que se ver melhor, partindo deste principio passei a compreender o quanto aquela ave era privilegiada, mas ao mesmo tempo entendi que, cada um dia nós, que estamos neste mundo, mas não somos dele, precisamos, como aquela ave, alçar vôos cada vez mais altos, sempre com os olhos fixos no alvo que almejamos atingir, ou seja, o homem que enamorado do Criador, jamais deve se contentar com este mundo, visto que não passa de uma breve morada, mas deve concentrar seus esforços buscando sempre atingir um vôo que lhe permita contemplar plenamente o belo que é Deus.

O Eu e o Tu.

Quando pensamos sem o mínimo de reflexão a cerca destas duas palavras, tendemos a enxergar apenas os pronomes pessoais. Mas, a realidade que aqui mim proponho a apresentar, será do ponto de vista filosófico, ou seja, olhar no sentido de entendermos qual o valor e qual o sentido prático destes termos.  De inicio pensemos que não pode haver o eu sem o tu, de modo que aqui já encontramos uma intrínseca relação de dependência entre ambos. Outra forma de entendermos esta relação de dá pelo fato de estarmos sempre de costas para nós mesmos, ou seja, nunca no vemos por completo e, por isso, precisamos do olhar do outro que está fora. Logo, pode mim ver por completo. Deste modo, o eu só pode ser visto e compreendido pelos olhos do tu. Está dependência indica claramente que a posição de condicional, sem a qual jamais poderia haver relação, convivência, interação e felicidade. Não fomos feitos para a solidão, mas para interação com o meio e com os outros. O eu só encontra seu verdadeiro sentido de ser no tu e, vice-versa. Tudo isso dissemos a cerca do homem material. Porém nos cabe agora dizer do homem espiritual, pois este também encontra seu sentido numa relação de estrita dependência. De todas as criaturas de Deus, só o homem e nenhuma outra, foi dotada de razão, de modo que este uma vez sendo privilegiado, só se realiza plenamente no reconhecimento de sua natureza perecível, e passa a conferir e reconhecer em Deus a máxima natureza, a saber, imperecível, imutável, infinita. O belo de tudo isso, é que o Eu (homem) encontra seu sentido no Tu (Deus); ao mesmo tempo em que pela sua capacidade de pensar as coisas, este Eu, é orientado a louvar e dá sentido ao Deus que lhe criou para com Ele constituir relação de amor e amizade.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


                                          Τῆς Γύνῆ
                        ( Da Mulher)

         Historicamente a mulher sempre foi tida como pertencente a uma classe inferior. Nas páginas do Antigo Testamento poucas foram às mulheres que tiveram algum tipo de relevância no processo da história da Salvação. A verdade é que a mulher sempre foi taxada de impura, por ser mulher, por ser mãe e por ser filha e, se está fosse estéril ai sim a coisa seria ainda pior. Mas o fato é que, se por uma mulher o pecado entrou no mundo, é também pela mulher entra a salvação. É a partir deste ponto que se inicia o processo de resgate da dignidade da mulher. Jesus faz das mulheres suas discípulas, suas amigas. A cultura hodierna ainda reluta em conferir a mulher sua dignidade, de modo que isso acentua uma profunda contradição, ou seja, mesmo aqueles que insistem em manter uma atitude machista só o fazem em virtude das mulheres.
        Outro exemplo disto é visto na tradição judaica, que é uma sociedade altamente patriarcal. Contudo, para que um jovem seja reconhecido com um judeu, isso implica que este tenha a descendência direta de sua mãe e não do pai. No triste cenário da cruz, lá estão às mulheres e, uma de forma especial a quem Jesus se dirigiu. Para muitos neste acontecimento  Jesus teve uma atitude de desprezo para com sua mãe, mas é preciso ir mais além das palavras, pois aqui a palavra mulher é mais expressiva que mãe, porque mulher atingi um sentido universal, enquanto que o termo mãe é particular, ou seja, é justamente aqui numa situação limítrofe que se confere a mulher o mais alto grau de sua dignidade.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011



A mística do corpo
Agora mim vem à cabeça esta reflexão: qual o sentido e valor que conferimos ao nosso corpo? Por certo muitos dirão que bobagem é essa agora? Meu caro leitor, em meio à cultura do descartável o corpo é mais uma coisa. Quando pensamos na palavra (descartável), quase sempre nos condicionamos a pensar em copos, bolsas, papeis e eletro-eletrônicos etc., mas eu ousaria a dizer que hoje mais do que em qualquer outra época, nosso corpo faz parte desta lista. A mídia capitalista, os ditames da moda, o apelo erótico, são protagonistas desta inversão de valores.
O corpo é a mais alta expressão da nossa humanidade, é o sensor visível de nossas emoções. Contudo, estamos vivendo uma turbulência denominada: o valor das aparências. Onde se acentua uma verdadeira e cruel divisão de classes. De um lado aqueles que possuem um corpo escultural, sarado, capaz de despertar olhares e sentimento de inveja, do outro estão aqueles que por não possuírem o corpo como dita a moda, se vê na condição de condenados, concatenando assim com a busca desenfreada por métodos de estéticas e produtos milagrosos. Mas tudo isso, seria para resgatar uma falsa dignidade, digo falsa porque em nome de tudo isso encontramos pessoas que renunciam até mesmo suas necessidades mais básicas.
O fato é que, queremos a todo custo valorizar o nosso corpo, sem levar em conta que este é finito e perecível, de modo que o tempo se encarrega de revelar nossas falsas ilusões. É justo e honroso cuidarmos deste nosso valioso patrimônio, contudo, não nos cabe fazermos dele um produto de troca e venda nem tão pouco alimentar a ilusão de que este será sempre o mesmo.




quarta-feira, 26 de janeiro de 2011



De vera lux
Talvez esta seja uma reflexão um tanto superficial do que realmente venha a ser a luz, mas como não se trata de qualquer luz e sim daquela que entendo como verdadeira, passo aqui a refletir de forma bem objetiva.
Sinto que nos valendo dos sentidos, quase sempre nos limitamos a compreender por luz aquilo que chega aos nossos olhos. Contudo, a luz que agora mim refiro é de uma natureza inigualável ao ponto de suplantar qualquer possibilidade de escuridão. A luz natural da qual temos acesso, é limitada e quase sempre se perde em meio a escuridão, porém outra é aquela não conhece limites nem tão pouco escuridão. Trata-se de uma luz que não se pode conceber pela razão, mas pela fé.
De tal luz ouvimos falar no evangelho, quando os discípulos de Emaús após a morte de Jesus, parte de volta para sua realidade, sem entender nada do que aconteceu ao mestre e, embora fosse durante o dia a viagem para casa, nada conseguiam enxergar, visto que a luz só estava por fora. Mas quando encontram Jesus e sentem o coração arder, logo se põem de volta para a missão e, mesmo sendo noite agora enxergam tudo, pois a luz já ao está fora, mas dentro de modo que não importa quão escura seja a noite, já não será capaz de ofuscar a luz verdadeira.