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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011



A mística do corpo
Agora mim vem à cabeça esta reflexão: qual o sentido e valor que conferimos ao nosso corpo? Por certo muitos dirão que bobagem é essa agora? Meu caro leitor, em meio à cultura do descartável o corpo é mais uma coisa. Quando pensamos na palavra (descartável), quase sempre nos condicionamos a pensar em copos, bolsas, papeis e eletro-eletrônicos etc., mas eu ousaria a dizer que hoje mais do que em qualquer outra época, nosso corpo faz parte desta lista. A mídia capitalista, os ditames da moda, o apelo erótico, são protagonistas desta inversão de valores.
O corpo é a mais alta expressão da nossa humanidade, é o sensor visível de nossas emoções. Contudo, estamos vivendo uma turbulência denominada: o valor das aparências. Onde se acentua uma verdadeira e cruel divisão de classes. De um lado aqueles que possuem um corpo escultural, sarado, capaz de despertar olhares e sentimento de inveja, do outro estão aqueles que por não possuírem o corpo como dita a moda, se vê na condição de condenados, concatenando assim com a busca desenfreada por métodos de estéticas e produtos milagrosos. Mas tudo isso, seria para resgatar uma falsa dignidade, digo falsa porque em nome de tudo isso encontramos pessoas que renunciam até mesmo suas necessidades mais básicas.
O fato é que, queremos a todo custo valorizar o nosso corpo, sem levar em conta que este é finito e perecível, de modo que o tempo se encarrega de revelar nossas falsas ilusões. É justo e honroso cuidarmos deste nosso valioso patrimônio, contudo, não nos cabe fazermos dele um produto de troca e venda nem tão pouco alimentar a ilusão de que este será sempre o mesmo.




quarta-feira, 26 de janeiro de 2011



De vera lux
Talvez esta seja uma reflexão um tanto superficial do que realmente venha a ser a luz, mas como não se trata de qualquer luz e sim daquela que entendo como verdadeira, passo aqui a refletir de forma bem objetiva.
Sinto que nos valendo dos sentidos, quase sempre nos limitamos a compreender por luz aquilo que chega aos nossos olhos. Contudo, a luz que agora mim refiro é de uma natureza inigualável ao ponto de suplantar qualquer possibilidade de escuridão. A luz natural da qual temos acesso, é limitada e quase sempre se perde em meio a escuridão, porém outra é aquela não conhece limites nem tão pouco escuridão. Trata-se de uma luz que não se pode conceber pela razão, mas pela fé.
De tal luz ouvimos falar no evangelho, quando os discípulos de Emaús após a morte de Jesus, parte de volta para sua realidade, sem entender nada do que aconteceu ao mestre e, embora fosse durante o dia a viagem para casa, nada conseguiam enxergar, visto que a luz só estava por fora. Mas quando encontram Jesus e sentem o coração arder, logo se põem de volta para a missão e, mesmo sendo noite agora enxergam tudo, pois a luz já ao está fora, mas dentro de modo que não importa quão escura seja a noite, já não será capaz de ofuscar a luz verdadeira.