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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Por onde andará o sábio?

Certamente estamos diante de uma pergunta difícil, mas vamos tentar percorrer tal caminho. Sem dúvidas não andará no caminho da emoção, pois este caminho será sempre desprovido de lógica, ausente de coisas sólidas, como um as águas de uma cachoeira, onde água só tende a cair livremente, sem em nada se apegar, a não ser seguir sem medo seu destino, para que neste ato, produza seus encantos, que a muitos agrada e que ao mesmo tempo a muitos assusta. Mais certo ainda é que o caminho deste sábio não será apenas o da razão, pois este deseja por lógica em tudo, até mesmo numa gota de orvalho, que a noite silencioso acaricia as pétalas das flores. Este caminho não permite sentir apenas por sentir, têm carência de tocar, de ver, experimentar, e por isso é quase sempre estéril, pois lhe falta sensibilidade. Deste modo somos impelidos a pensar que o sábio do qual estamos falando, deverá percorrer um caminho para o qual os gregos deram um nome: εζεχια, ou seja, o caminho que é capaz de harmonizar razão e emoção. Sentido e matéria, lógica e delírio, com o objetivo mais simples, poder contemplar o belo, sem a exaustiva tarefa de analisar seu acontecimento e tão pouco cair na insensatez de pensar que ali não há uma razão de ser. Somente este ser sensível e atencioso, poderá recostar sua cabeça sobre seu travesseiro e dizer, agora enfim posso seguir em paz, por um caminho seguro, pois tenho harmonizado em mim o pensar e o sentir, a cabeça e o coração...

Um comentário:

  1. A cabeça e o coração, estão aí dois elementos fundamentais onde a junção de suas "ações" se faz o existir. Sintonizar essas duas peças para que trabalhem harmonicamente não parece ser uma tarefa fácil,mas creio que a busca por esse equilíbrio já vá fazer uma grande diferença.
    Muito bom meu amigo Farias!! vc eh Reeiizz!!kk
    grande abraço!!

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