O Eu e o Tu.
Quando pensamos sem o mínimo de reflexão a cerca destas duas palavras, tendemos a enxergar apenas os pronomes pessoais. Mas, a realidade que aqui mim proponho a apresentar, será do ponto de vista filosófico, ou seja, olhar no sentido de entendermos qual o valor e qual o sentido prático destes termos. De inicio pensemos que não pode haver o eu sem o tu, de modo que aqui já encontramos uma intrínseca relação de dependência entre ambos. Outra forma de entendermos esta relação de dá pelo fato de estarmos sempre de costas para nós mesmos, ou seja, nunca no vemos por completo e, por isso, precisamos do olhar do outro que está fora. Logo, pode mim ver por completo. Deste modo, o eu só pode ser visto e compreendido pelos olhos do tu. Está dependência indica claramente que a posição de condicional, sem a qual jamais poderia haver relação, convivência, interação e felicidade. Não fomos feitos para a solidão, mas para interação com o meio e com os outros. O eu só encontra seu verdadeiro sentido de ser no tu e, vice-versa. Tudo isso dissemos a cerca do homem material. Porém nos cabe agora dizer do homem espiritual, pois este também encontra seu sentido numa relação de estrita dependência. De todas as criaturas de Deus, só o homem e nenhuma outra, foi dotada de razão, de modo que este uma vez sendo privilegiado, só se realiza plenamente no reconhecimento de sua natureza perecível, e passa a conferir e reconhecer em Deus a máxima natureza, a saber, imperecível, imutável, infinita. O belo de tudo isso, é que o Eu (homem) encontra seu sentido no Tu (Deus); ao mesmo tempo em que pela sua capacidade de pensar as coisas, este Eu, é orientado a louvar e dá sentido ao Deus que lhe criou para com Ele constituir relação de amor e amizade.
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