Páginas

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Por onde andará o sábio?

Certamente estamos diante de uma pergunta difícil, mas vamos tentar percorrer tal caminho. Sem dúvidas não andará no caminho da emoção, pois este caminho será sempre desprovido de lógica, ausente de coisas sólidas, como um as águas de uma cachoeira, onde água só tende a cair livremente, sem em nada se apegar, a não ser seguir sem medo seu destino, para que neste ato, produza seus encantos, que a muitos agrada e que ao mesmo tempo a muitos assusta. Mais certo ainda é que o caminho deste sábio não será apenas o da razão, pois este deseja por lógica em tudo, até mesmo numa gota de orvalho, que a noite silencioso acaricia as pétalas das flores. Este caminho não permite sentir apenas por sentir, têm carência de tocar, de ver, experimentar, e por isso é quase sempre estéril, pois lhe falta sensibilidade. Deste modo somos impelidos a pensar que o sábio do qual estamos falando, deverá percorrer um caminho para o qual os gregos deram um nome: εζεχια, ou seja, o caminho que é capaz de harmonizar razão e emoção. Sentido e matéria, lógica e delírio, com o objetivo mais simples, poder contemplar o belo, sem a exaustiva tarefa de analisar seu acontecimento e tão pouco cair na insensatez de pensar que ali não há uma razão de ser. Somente este ser sensível e atencioso, poderá recostar sua cabeça sobre seu travesseiro e dizer, agora enfim posso seguir em paz, por um caminho seguro, pois tenho harmonizado em mim o pensar e o sentir, a cabeça e o coração...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Refletir para viver

Uma coisa mim invade nesse instante, e a pena que agora empunho em minhas mãos, sabe o quanto dista materializar em palavras o que arde em meu coração e fervilha em minha mente. É uma velocidade de pensamentos que nem ao menos uma coisa consegui capturar até agora, mas tentarei falar do que mim parece querer ser exposto.  Quero falar da vida que pulsa em nós e quase sempre não nos damos conta de que ela carece de atenção. Contudo vem a pergunta: o que seria tal atenção?  Às vezes nos igualamos as folhas, aos animais irracionais, e pautamos nossa vida sem um sentido lato, ou agimos por instinto, ou simplesmente nos deixamos levar pelos acontecimentos do cotidiano, como as folhas são levadas pelo vento. Por isso meu caro leitor te convido a pensar um pouco mais a cerca do que venha a ser a vida, e qual deva ser o propósito pelo qual se vive. A liberdade em fazer umas coisas e renunciar a outras, de gostarmos de uma cor e não de outra e por ai vai... Quase sempre vemos homens e mulheres que optam por tirar a própria vida, sem se quer refletir sobre seu valor, nos deparamos com um descaso tão gritante em relação a vida, que nem questionamos mais o por quê de tantas mortes sem sentido. E o que dizer do aborto? Faltam palavras e sobra covardia neste caso especifico. A muito tempo se disse que com a educação institucional o homem seria mais civilizado e respeitaria mais o valores básicos uns dos outros, mas nunca como hoje se fez tanto mal a ida como em nossos dias. Nunca o ser humano foi tão descartável como hoje. Tudo isso, só aumenta triste realidade de que estamos perdendo a capacidade mais preciosa que nos resta, que é saber viver e viver com qualidade e com motivação suficiente para valorarmos esse dom de Deus. O desejo irrefletido de poder conduz a muitos a praticar a opressão de poucos. E mim questiono a cerca da escravidão tão vergonhoso do passado e pergunto o que estamos fazendo de diferente ao nosso semelhante?  Por fim gostaria de convidar ao meu prezado leitor a pensar donde viemos, onde estamos e para onde desejamos ir? Pois só assim poderemos dar um rumo certo ao nosso existir e conseqüentemente estaremos salvando a nós mesmos da extinção que brota de nossa incapacidade de pensar.